sábado, 4 de abril de 2009

Ética e Sociedade - Por Diego Menezes




Similar a Ordem Urbana, o que poderia delimitar os valores Éticos de uma sociedade?

Da etimologia a palavra Ética é originada do grego ethos, (modo de ser, caráter) através do latim mos (ou no plural mores) (costumes, de onde se derivou a palavra moral.). Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo – sociedade.


Nesta edição vou me deixar levar e entrar no seu ego. Existe aqui uma duvida, o que faz o engrandecimento do homem? Suas conquistas? Suas lutas? Eu expresso da seguinte forma: O ser humano só chegou onde chegou através do conhecimento.

O homem ergueu-se “soberano do Globo” graças as suas idéias, graças ao seu processo evolutivo singular, a evolução cerebral. Mas diante de tamanho poder, houve a necessidade de que esse mesmo conhecimento, essa mesma força, fosse passada para as gerações futuras. Havia a necessidade de se ensinar as técnicas e tudo mais relevante a sobrevivência a nova geração. Estava se formando as primeiras espécies de conhecimento, e os alicerces do que viria a ser “regra”, pois derivar-se-ia da idéia de “eu já fiz, eu estou certo”. Seguir essas regras, nada mais nada menos, seria seguir a um primeiro padrão de ética, ou modo de ser dos costumes locais.

Com o tempo, é claro, o processo de ensino e o processo de aprendizagem ganhou uma dimensão colossal, tudo isso graças a fabulosa arte da Escrita, que possibilitaria a distribuição de um conhecimento ou noticia a uma grande quantidade de pessoas. O ensino começa a alcançar o parâmetro formal. E é aqui onde quero chegar.

A super confiança humana sempre foi o maior inimigo do homem, impedindo-o de progredir muitas vezes em que o progresso via-se a frente. O ser humano acreditava veemente que o que era escrito era certo, e observamos isso nos atos Normativos ao qual vemos nos dias de hoje. Quando é proibido de forma expressa num papel a chance de se cometer um ato “ilícito” é bem menor do que se não houvesse repressão alguma.

Isso seria bom se tudo que fosse escrito FOSSE verdade, mas, nem sempre o é. E isso gera novos meios de “conhecimentos ignorantes” e que merecem ser corrigidos, porém ao ter sido lido o conhecimento toma um caráter formal e portanto é mais difícil modificá-lo ou “extraí-lo” por completo da cabeça do leitor, que no caso o toma como verdade pura. Eis o processo de “retórica da didática”.

Este processo enganador parece inofensivo a um primeiro instante, contudo, quando se aplica a omissão dos fatos, isso se torna grave e até perigoso. Pois quando você deixa de dar ao mundo uma noticia ou conhecimento trivial, o mundo enfraquece em cognição e se fortifica em vaidade, por achar conhecer tudo.

Então você tem pessoas que acreditam até hoje que a chuva é uma vontade de Deus, que os negros são escravos natos, pessoas que acreditam que homossexualidade é doença, pessoas que acreditam que a AIDS só afeta homossexuais, pois é um castigo de Deus. Tudo bem, esses exemplos você provavelmente já conhece.

Mas, você provavelmente desconhece a campanha da Nestle que acabou com a vida de nove milhões de crianças, provavelmente você desconhece a verdade sobre o “neo apartaid” na áfrica do sul onde dessa vez o preconceito e dirigido aos “brancos” e não aos “negros”, provavelmente você nem sequer ouviu falar que a situação em alguns países da África faz o conflito entre Isarael e o Paquistão parecer uma partida de Brasil e Argentina.

E o Mundo torna-se algo mais obscuro do que você pensa, mas mesmo assim, você julga saber de tudo, o que cria um modo de ser narcizista e preconceituoso ao ponto fóbico e impede-nos de compreender. Afinal, de acordo com a nossa ética Européia “se não é igual a nós... é pior”

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